quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Entrevista ao Cantor Thalles Roberto



O Cantor Gospel Thalles conta com 600 mil discos vendidos em três anos de carreira na música gospel. Filho de pastores evangélicos, passou por mais de uma década de trabalho nos bastidores da música secular,compôs “Lindos olhos” para Seu Jorge, foi vocalista de apoio do Jam mil e Uma Noites e Jota Quest. Hoje entrevistamos ele:

Meu Alvo É Cristo: No Troféu Promessas, você agradeceu à Ana Paula Valadão (cantora do Diante do Trono), disse que ela era um exemplo. Porquê?

Thalles: 
Quando comecei a acompanhar a música gospel, ainda estava no Jota Quest. Ouvia a Ana Paula cantando e me sentia intrigado. Como uma pessoa no começo de sua juventude abria mão disso para viver Deus? Não era o que eu vivia, e isso me deixava confuso. Hoje consigo entender uma pessoa jovem dar sua vida para Deus. O jovem quer curtir, quer balada, quer festa, quer aproveitar sua juventude. Ela gastou a juventude dela falando de Deus. Isso é um exemplo para todos nós.

Meu Alvo É Cristo: O que te fez mudar de ideia?

Thalles:
 Foi a minha conversão mesmo. A minha aceitação de Jesus como salvador. Mudei de opinião e comecei a olhar as coisas com a perspectiva de Deus. É muito legal ser um instrumento, andar pelo Brasil falando de Deus. Hoje faço parte desse time.

Meu Alvo É Cristo: Metade dos cantores do Festival Promessas (Thalles, Diante do Trono e André Valadão) vieram de uma igreja só, a Batista da Lagoinha de Belo Horizonte.Qual é sua história nela?

Thalles:
 Ela é muito especial. A música gospel mineira tem uma proporção gigantesca no meio. Tem uma pessoa especial, o Pastor Márcio Valadão, pai do André e da Ana Paula. E é “meu pai” também, me ajudou muito no início da carreira – financeiramente, espiritualmente, como amigo, orando por mim, pagando minhas dívidas, minhas contas, me aceitando e deixando participar do culto. Lá é sim um celeiro de talentos.

Meu Alvo É Cristo: Quanto tempo tem de carreira, e quanto na música evangélica?

Thalles:
 Eu canto desde cinco anos, estou com 35. Carreira eu considero desde que se começa a levar a música a sério. Aos 15 anos eu decidi não fazer nada além de cantar. Então são 20 anos. Música gospel são três anos. É um tempo curto para esse nível de reconhecimento. Mas eu acredito que é uma coisa de Deus mesmo, ele me separou para fazer isso.

Meu Alvo É Cristo: Qual a diferença, para si, entre ser músico e ser músico gospel?

Thalles: 
A mensagem mesmo. O que o músico secular que falar é da vida dele – amor, namoros, traições, noitadas. A gente fala das nossas experiências com Deus. A alegria que sentimos, a bênção que é você não guiar sua vida, mas deixar Deus dirigir tudo.

Meu Alvo É Cristo: No clipe de “Deus da minha vida” você conta uma história sobre iluminação. Como aconteceu?

Thalles: 
Eu estava em um hotel em Curitiba com um amigo no quarto, a gente estava usando drogas. Ele começou a me agredir com algumas palavras, dizendo que meu objetivo era destruir a vida das pessoas. Ele me ofendeu muito. Naquele momento eu comecei a refletir sobre tudo o que eu estava fazendo, a maneira que estava conduzindo minha vida, minhas baladas, noitadas, “chapações”. Meu contato com a droga vinha me prejudicando e também às outras pessoas. Decidi voltar para a casa do pai. Foi como se a luz de Deus viesse dentro do meu quarto e dissesse: “Meu filho, você esta perdido pra caramba, precisa endireitar seu caminho”.

Meu Alvo É Cristo: Já compôs para artistas seculares como Seu Jorge. Pretende continuar fazendo isso?

Thalles: 
Não, agora estou 100% com o gospel. A gente fala da nossa verdade, e aquilo não é minha verdade. Eu faço algumas músicas românticas, canto para minha esposa. Talvez no futuro a gente possa gravar um disco de músicas românticas para a família.

Meu Alvo É Cristo:Quais são as suas influências musicais?

Thalles:
 Lionel Ritchie, Stevie Wonder,Michael Jackson, Lenny Kravitz, Dianna Ross. Foram as coisas que eu mais ouvi. Também Mariah Carey, Boyz II Men.
Meu Alvo É Cristo: Como avalia hoje a sua experiência no Jota Quest?
Thalles: Foi muito positivo. Eu sou amigo dos meninos até hoje, a gente conversa sempre. Acho que eu aprendi muito ali. Acho que meu som não tem nada a ver com Jota Quest. Mas aprendi a passar a verdade ali no palco. Ter presença de palco, fazer entrevistas. Foi um tempo de muito aprendizado em todos os aspectos.


Agradecemos ao Cantor Thalles Roberto por nos ter concedido esta entrevista! Que Deus o abençoe grandiosamente!

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